O ukulele e o cavaquinho são dois instrumentos bastante similares, que se popularizaram bastante. Utilizados em ocasiões informais, são instrumentos perfeitos para quem busca descontração e diversão com os amigos ou os familiares.
Embora sejam frequentemente confundidos, os dois têm determinadas características que influenciarão na sua preferência por um ou por outro. Vamos conhecer as diferenças?
Origem
O cavaquinho, um velho conhecido nosso, vem da Província de Minho (Norte de Portugal) e chegou ao Brasil junto com os colonos, nos primórdios da nossa história. Em Portugal, ele ainda é muito utilizado para tocar fado. Por aqui se destinou às rodas de samba e ao choro.
O ukulele também tem suas raízes em Portugal, mais especificamente na Ilha da Madeira. Acredita-se que uma braguinha, instrumento semelhante, tenha sido levada para o Havaí por volta de 1879 e, ao chegar lá, o líder local o batizou de “ukulele” que, na língua nativa, significa “pulga saltitante”. O nome é uma referência à maneira ágil de se tocá-lo. Diante do seu sucesso junto aos nativos, dois marceneiros resolveram começar a fabricá-lo. Como dispunham de matéria-prima diferente, aos poucos foram modificando o instrumento.
Tamanho
Pela sua própria história de fabricação, o ukulele ganhou diversos tamanhos e formas. Os mais conhecidos são: o soprano, o concert, o tenor e o barítono, que apresentam diferenças no bojo e na sua proporção com o braço.
Já o cavaquinho apresenta um tamanho padrão, o mesmo do ukulele tenor, que é de 43 cm.
Encordoamento
Um ponto importante para definir a escolha entre os dois instrumentos é o tipo de corda utilizado. Enquanto no cavaquinho se utilizam cordas de aço, no ukulele as cordas de nylon, carbono ou tripa são as mais comuns.
Para iniciantes, a corda de nylon é mais interessante, uma vez que requer menos força e machuca menos os dedos. Porém, como o cavaquinho pode ser tocado com palheta (os portugueses preferem dedilhar), talvez você não sinta tanta dificuldade.
O timbre dos dois tipos de corda também serve como parâmetro: as de nylon produzem um som mais doce, suave e com mais sustentação, e as de aço um som mais metálico e estridente. Isso define, inclusive, o repertório mais adequado para cada um, ou seja, o ukulele é indicado para música havaiana, jazz, indie e pop. O cavaquinho é adequado para fado, samba, roda de choro e música brasileira em geral.
Afinação
A afinação mais comum do cavaquinho é feita em D, G, B e D. Existe também a afinação cuja corda mais aguda não é a primeira, mas a terceira, e ainda há quem use a afinação do bandolim, ‘Mi-La-Ré-Sol’.
Com o ukulele a questão é um pouco mais complexa, uma vez que existem diversos tamanhos. A afinação padrão mais utilizada para os Ukuleles soprano, Concert e tenor é G, C, E A com a característica particular da quarta corda (G – High G) ser mais aguda que a terceira corda (C) tornando essa afinação reentrante. Já o Ukulele barítono, usualmente, é afinado em D, G, B, E, assim como as cordas mais agudas do violão.
Portanto, vimos diferenças entre o ukulele e o cavaquinho que são cruciais para o instrumentista. Entender qual finalidade que você busca ajudará muito na sua escolha.
Se quiser continuar se aprofundando nos seus estudos, assine a nossa newsletter agora mesmo!
Interessante as explicações sobre os dois instrumentos acima mencionados.
Obrigado.
Só para dar uma ajuda com a Geografia: o Minho é uma região e não uma cidade.
Gratos Marcos. Tem razão é uma província na Região Norte de Portugal. Já corrigimos. Abraço.